Tecnologia

Mercado de TI está aquecido, mas falta de profissionais atrapalha avanço tecnológico

A tecnologia da informação (TI) é considerada um dos setores fundamentais para todos os países que buscam se desenvolver economicamente, em um mundo cada vez mais guiado pelas análises de dados fornecidos por usuários e soluções computacionais para problemas complexos do cotidiano. Para o Brasil, a situação não é diferente, e a demanda por profissionais do setor deve crescer nos próximos anos. Contudo, hoje, a formação de especialistas na área já é insuficiente para os projetos de empresas públicas e privadas: de acordo com estudo da Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom), realizado em 2021, o país terá uma demanda de 797 mil profissionais de TI até 2025, o que significa que precisaria formar 159,4 mil por ano. Hoje, no entanto, apenas 53 mil pessoas são qualificadas anualmente para trabalhar na área.

A TI está presente em quase todos os setores atualmente: de empresas agropecuárias a de comunicação e do setor cultural, passando pelas de saúde e segurança. A colheita de informações e realização de análises automatizadas é fundamental para guiar as companhias e a economia em geral. O desenvolvimento de projetos inovadores na área é importante para solucionar problemas do cotidiano ou mesmo outros que ainda podem surgir. “A pandemia da Covid-19 acelerou ainda mais a digitalização de muitos negócios que eram menos digitalizados ou totalmente analógicos, assim como a necessidade de profissionais de segurança da informação, já necessários antes e agravada pelo trabalho remoto”, afirma Henrique Poyatos, coordenador regional SP TI&C e do curso de comunicação data driven na Universidade São Judas. “É preciso que se faça o diagnóstico correto do que é necessário para as empresas, para daí passar para políticas públicas e o diálogo com as redes de ensino e avançar no currículo e metodologias mais modernas”, diz Sergio Paulo Gallindo, presidente da Brasscom.

De acordo com pesquisa da consultoria especializada em recursos humanos Manpower Group de 2022, o Brasil aparece na nona colocação entre os países em que empregadores relataram dificuldades em preencher vagas no mercado de trabalho geral — 81% do total, acima da média mundial de 75% e dez pontos percentuais acima do resultado da mesma pesquisa em 2021. O setor de TI é o primeiro com mais demanda de vagas (40% das empresas precisam de contratações) e o segundo com mais dificuldade de preenchê-las (84%), atrás apenas do bancário (86%).

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