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Pais na linha de frente: Estratégias para lidar com o TOD

O psicólogo e especialista em comportamento infantil Alexandre Costa Pedrosa destaca que o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD) é uma condição que exige compreensão, paciência e estratégias específicas de manejo. Crianças e adolescentes com TOD demonstram padrões persistentes de comportamento desafiador, irritabilidade e oposição a figuras de autoridade, o que pode gerar tensão dentro de casa e afetar a harmonia familiar.

Diferente do que muitos imaginam, o TOD não é sinônimo de má criação ou rebeldia passageira. Trata-se de um transtorno comportamental que demanda apoio psicológico, acompanhamento familiar e uma comunicação mais empática. Por isso, o papel dos pais é essencial — eles são a linha de frente no processo de educação e no desenvolvimento emocional dos filhos.

O que é o Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD)?

O TOD é um transtorno de comportamento caracterizado por atitudes desafiadoras, provocativas e, muitas vezes, hostis em relação a pais, professores e outras figuras de autoridade. Esses comportamentos ultrapassam o limite da desobediência comum e são persistentes, afetando a convivência familiar, escolar e social. Crianças com TOD costumam questionar regras, desafiar orientações e reagir de forma intensa a frustrações. 

Essas manifestações geralmente surgem na infância e podem se intensificar na adolescência, caso não sejam acompanhadas de uma intervenção adequada. Segundo Alexandre Costa Pedrosa, compreender o transtorno é o primeiro passo para lidar com ele. Pais informados têm mais condições de agir com equilíbrio, evitando punições severas e buscando estratégias que promovam a cooperação e o respeito mútuo.

Como os pais podem agir assertivamente diante do TOD?

Lidar com o TOD requer firmeza aliada à empatia. Os pais precisam aprender a estabelecer limites sem recorrer a gritos ou punições físicas, que tendem a agravar o comportamento opositor. A comunicação assertiva, o reforço positivo e o autocontrole emocional são pilares fundamentais nessa jornada.

  • Estabeleça regras claras e consistentes: a previsibilidade ajuda a criança a compreender as consequências de seus atos.

  • Evite confrontos diretos: responder a provocações com raiva apenas reforça o ciclo de conflito.

  • Valorize comportamentos positivos: reconhecer atitudes adequadas aumenta a motivação e reduz episódios de oposição.

  • Mantenha a calma: pais emocionalmente equilibrados transmitem segurança e estabilidade aos filhos.

Com empatia e estratégia, Alexandre Costa Pedrosa mostra caminhos para que pais compreendam e conduzam melhor o comportamento opositor.
Com empatia e estratégia, Alexandre Costa Pedrosa mostra caminhos para que pais compreendam e conduzam melhor o comportamento opositor.

Essas práticas não são simples, mas são eficazes quando aplicadas com constância. Conforme explica Alexandre Costa Pedrosa, a coerência dos pais é o que dá sentido à disciplina. Quando a criança percebe que há regras firmes, mas justas, tende a reagir com menos resistência.

Qual é o papel da comunicação na convivência com o TOD?

A comunicação é um dos aspectos mais desafiadores no relacionamento com uma criança com TOD. Em muitos casos, as discussões surgem de mal-entendidos ou da dificuldade dos pais em ouvir o que o filho realmente quer expressar. A escuta ativa é uma ferramenta poderosa nesse contexto. Ao ouvir sem interromper e validar as emoções da criança, os pais demonstram respeito e empatia. 

Além disso, é importante usar um tom de voz calmo e expressões claras. Palavras negativas e ameaças tendem a aumentar a tensão, enquanto frases positivas e instruções diretas reduzem o conflito. Para Alexandre Costa Pedrosa, uma comunicação assertiva e afetiva é o alicerce para restaurar o vínculo entre pais e filhos. 

Pais que enfrentam o TOD estão, de fato, na linha de frente de uma batalha emocional que exige paciência, empatia e conhecimento. O caminho é desafiador, mas possível. Com orientação adequada, é viável transformar momentos de conflito em oportunidades de aprendizado e fortalecimento familiar. Alexandre Costa Pedrosa frisa que o tratamento do TOD vai além do controle de comportamento: trata-se de ensinar a criança a lidar com suas emoções e auxiliar os pais a desenvolver estratégias eficazes de convivência.

Autor: Viktor Ivanov

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